Ménage com o ex e bate-papo UOL

Me perguntou, no chuveiro, se alguém já havia me feito especial. Fui pego de surpresa mas respondi com honestidade, "ainda não, e com você?", respondeu balançando a cabeça negativamente. Um desejo súbito de me entregar aos seus braços tomou conta do meu eu e deixando a água quente nos lavar fodemos mais uma vez. Ensaboei seu corpo, fiz com que levantasse os braços e como quem banha um menino cuidei de sua casca. Deixei que me lavasse também, sentindo sem medo cada toque da sua mão e cada contato entre nossas línguas. Acariciei suas pequenas orelhas e fiz o máximo que pude para gravar cada momento na memória. Não tive medo de não viver nunca mais um momento como este, mas confesso que quis que nunca acabasse. Há tempos não enfrentava contatos tão bonitos e sem culpa quanto este.
Antes, na cama, nos olhamos e mesmo quando ele fodia com o outro, tive a certeza de que eu é quem era o mais desejado.


No início tomamos um vinho. Quando vi, já estávamos os três sem roupa. Eu me encarreguei de tirar nossas camisas e antes mesmo de pensar em ficar nu, ele já havia arrancado a minha calça. "Gostou da minha cueca?", "Adorei!". Caímos na cama em um intenso vai e vem, nos chupando sem nos preocupar quais eram os pintos e quais eram as bocas. Deixei me penetrar enquanto eu estava em cima do outro. Nossos olhos se encontraram, eu sorri, mas naquele momento eu pude, de alguma forma, ter certeza de que já não era mais ele.

Talvez devido a rotina e ao intenso sentimento de peso que eu sentia em cada compra no supermercado, nossa relação acabava por não ser mais a mesma. Uma pena, pois eu gostaria de ter feito o ménage em um dos nossos melhores momentos. 

No banho com o Gabriel fui levantado no colo e deixei que acontecesse tudo da forma mais natural possível. Depois de ser penetrado, trocamos; esse é o lado bom de ser versátil, sempre há diversas possibilidades. Vendo-o de costas, enterrei o mais fundo que pude e quando menos esperei, ele gozou. Ainda sim, permanecemos juntos, nos desejando e confessando aos ouvidos que há tempos gostaríamos de estar juntos... 

Hoje, voltei sozinho para casa. Ele e eu retornamos para a rotina e mais uma vez, fomos ao supermercado. Tive de ouvir diversas vezes que aquela compra não deveria estar acontecendo, que era tudo muito caro e mais uma vez me senti péssimo, me arrependendo novamente de ter amado aquele homem.

Na volta, compramos ovos e então eu disse que havia me esquecido de comprar as embalagens para os brigadeiros (eu vendia brigadeiros gourmet na faculdade). Ouvi um "vai andando, já passamos por lá!" e fiquei sem entender como aceitava tudo aquilo; Desci do carro, joguei as chaves do apartamento pelo vidro do passageiro depois de bater a porta com força propositadamente. Mais uma vez, comecei a planejar as possibilidades de viver sozinho, mas a primeira coisa que eu precisava era de um emprego que me pagava mais do que eu ganhava como cozinheiro.

Então esperei a noite cair e a madrugada reinar e sentei-me no sofá de dois lugares no quarto ao lado do nosso e fechei a porta, impedindo que a escuridão da noite cessasse. 
Intuitivamente decidi entrar no bate papo UOL. Decidi escrever a primeira coisa que me veio na cabeça: Guri GP CAMPINAS, mas haviam muitos caracteres, então decidir usar só Guri GP, a sala já era de Campinas mesmo. Imediatamente homens com diversos nick's se manifestaram com a minha presença o que me deixou animado, mas tempos depois eu descobriria que nem a negociação costuma ser tão simples às vezes . Logo fui questionado a respeito do meu preço; e é óbvio que eu não sabia o quanto cobrar. Mas, conforme as linhas das minhas mãos diziam, sei lidar bem com situações adversas e logo fui chamado para uma conversa em privado com um homem de nick "PICA QUENTE". Gostei do nome, me deu tesão pensar em um novo membro, quente e real, entrando em mim, diferente do qual eu ja estava acostumado.

Conversamos bastante - cerca de 2 horas e meia e acertamos um valor de R$120 reais; não era tanto, mas a pensar que se multiplicado por 10 seriam R$1.200 bruto, não era nada mal!  Após falar muita putaria, eu continuei sem vê-lo na webcam, apenas me mostrando, sem medo de revelar meu rosto e marcamos para 14 horas aqui no apartamento. Demorou até cair a ficha e tudo que passava na minha cabeça até então eram possíveis abordagens e criações em vão de rostos, corpos e membros sexuais. Mas nada disso adiantaria. Eu estava em uma situação totalmente nova, totalmente sem manual, sem receita de bolo.

Continua...




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